quinta-feira, 30 de abril de 2009

As endorfinas das cavalgadas são tudo de bom e muito mais.

Pra quem veio da roça, e como se ela não saísse da gente...
Ainda recebo e-mail de pessoas que leram "Taj Mahal, meu manga-larga marchador", no qual escrevi que "cavalgar, ou qualquer nome que se de e, ao mesmo tempo, uma técnica educativa e terapêutica, que trabalha simultaneamente aspecto físicos, sociais, mentais e emocionais de quem a pratica".E um artigo que toca as pessoas e as desperta para o mundo inusitado de amazonas e cavaleiros.
Cavalgar e um esporte que, alem dos benefícios físicos e emocionais, proporciona inegável sociabilidade. Naturalmente a gente vai se achegando de outras pessoas que curtem cavalos e cavalgar; que sentem prazer em jogar conversa fora e fazem seu próprio tempo num "conversarei" sem fim. Pra quem veio da roca, e como se a gente saísse da roca e ela não saísse da gente... O cavalo encerra o mais belo da matutice.
Muita gente se espanta quando digo que cavalgo e amo cavalos. Outras ficam curiosas. A maioria fica embevecida quando falo dos efeitos funcionais do passo do cavalo sobre o peristaltismo, a circulação e a respiração; os efeitos sociomotores e terapêuticos neuro motores, senso motores e psicomotores decorrentes do cavalgar, graças ao passo tridimensional do cavalo, que nos obriga a movimentos de sincronia perfeita de todo o corpo, pois a marcha do cavalo apresenta 90% de similaridade com o andar do ser humano.
Uma hora de cavalgada queima cerca de 400 calorias. Em meia hora de cavalgada, o nosso corpo realiza de 1.800 a 2.200 deslocamentos - movimentos tridimensionais (horizontais: direita, esquerda; frente, atrás; e verticais: para cima e para baixo) que incidem no sistema nervoso profundo, reforçando as noções de equilíbrio, distância e lateralidade. Cavalgar e um esporte de baixo impacto nas articulações e na coluna; fortalece o tônus muscular; beneficia a postura e a coordenação motora; e combate o estreasse. Sinto-me outra após uma cavalgada, pois relaxo a um ponto que a sensação de lassidão se prolonga por horas e horas.
Contam que eu era uma criança chorona, mas bastava dar umas voltinhas na "lua da sela" com pai velho ou o seu vaqueiro, o De, que pagava logo no sono. Era um santo remédio. Deve ser verdade porque posso chegar ao haras da Fazenda Bella Vista - onde cavalgo e mora o meu cavalo Taj Mahal - aos pandarecos que o cansaço vai pelos ares. E um haras que hospeda cavalos e possui muitos manga-larga adestrados, mansinhos, mansinhos e os aluga para quem deseja excursionar pelo mundo apaixonante e prazeroso das cavalgadas. Fica num cenário paradisíaco, logo ali no sope da serra da Moeda, atrás do Retiro do Chalé, cerca de 25 quilômetros de beaga.
Ao cavalgar, sinto-me invadida por um mar de endorfinas - substancias fabricadas na hipófise que produzem euforia, relax, bem-estar e prazer; melhoram a memória, o humor e o sistema imunológico; aumentam a resistência, a disposição física e mental; amenizam dores; e possuem efeito antienvelhecimento, pois removem superoxidos. Inundada por endorfinas, o cheiro de terra e de mato e as companhias completam a festa.
Outra coisa indescritível e a redescoberta do prazer de gargalhar por qualquer coisa, de causos bobos e ate mesmo da gente quando estamos cavalgando. Tudo e motivo para rir. Ha unanimidade entre estudiosos que cavalgar produz sensação de independência, aumento da autoconfiança, do autocontrole e da auto estima. E que em cima de um cavalo a sensação de liberdade e ilimitada. Eu acho que fiquei mais "impossível" depois que voltei a cavalgar...
E QUE EM CIMA DE UM CAVALO A
SENSAÇÃO DE LIBERDADE E ILIMITADA.
EU ACHO QUE FIQUEI "IMPOSSÍVEL"
DEPOIS QUE VOLTEI A CAVALGAR....
(Artigo publicado na pagina 18, jornal O Tempo do dia 28/04/09 de autoria de Fátima Oliveira - Médica).

2 comentários:

  1. Oi Irene, a minha gratidão! Belo blog, parabéns

    Um afetuoso abraço,
    Fátima Oliveira

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  2. Irene ficou espetacular o blog,
    Parabéns...iremos sempre acompanhá-lo.
    beijos...
    Romeu e Heloísa

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